terça-feira, 24 de agosto de 2010

NECROSE


A necrose é a morte de uma célula ou a parte de um tecido em um organismo vivo, e é a manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversíveis, ou seja, parada definitiva das funções orgânicas e dos processos reversíveis do metabolismo.
É uma doença causada após uma lesão corporal exposta aos seguintes fatores:
-Agentes físicos: ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos;
-Agentes químicos: compreendem substâncias tóxicas e não-tóxicas. Ex.: tetra cloreto de carbono, álcool, medicamentos, detergentes, fenóis etc.
-Agentes biológicos: Ex.: infecções viróticas, bacterianas ou micóticas, parasitas etc.
Vale dizer que é natural que a célula morra, para a manutenção do equilíbrio tecidual. Nesse caso, o mecanismo de morte é denominado de "apoptose" ou "morte programada".
Diante das diversas formas de manifestação da necrose, existem inúmeras classificações para os seus diferentes tipos:
Necrose por coagulação (= isquêmica): causada por isquemia do local.
Necrose por liquefação: o tecido necrótico fica limitado a uma região, geralmente cavitária, havendo a presença de grande quantidade de neutrófilos e outras células inflamatórias (os quais originam o pus).
Necrose caseosa: tecido esbranquiçado, granuloso, amolecido, com aspecto de "queijo friável".
Necrose fibrinóide: o tecido necrótico adquire uma aspecto hialino, acidofílico, semelhante a fibrina.
Necrose gangrenosa: provocada por isquemia ou por ação de microrganismo. Pode ser úmida ou seca, dependendo da quantidade de água presente.
Necrose enzimática: ocorre quando há liberação de enzimas nos tecidos; a forma mais observada é a do tipo gordurosa, principalmente no pâncreas, quando pode ocorrer liberação de lipases, as quais desintegram a gordura neutra dos adipócitos desse órgão.
Necrose hemorrágica: quando há presença de hemorragia no tecido necrosado; essa hemorragia às vezes pode complicar a eliminação do tecido necrótico pelo organismo.

MORTE CELULAR POR APOPTOSE

Apoptose, ou morte celular programada, é um processo essencial para a manutenção do desenvolvimento dos seres vivos, sendo importante para eliminar células supérfluas ou defeituosas. Durante a apoptose, a célula sofre alterações morfológicas características desse tipo de morte celular. Tais alterações incluem a retração da célula, perda de aderência com a matriz extracelular e células vizinhas, condensação da cromatina, fragmentação internucleossômica do DNA e formação dos corpos apoptóticos.
O desenvolvimento e a manutenção dos organismos multicelulares dependem de uma interação entre as células que o constituem. No desenvolvimento embrionário, muitas células produzidas em excesso são levadas à morte, contribuindo para a formação dos órgãos e tecidos. Durante muito tempo, a morte celular foi considerada um processo passivo de caráter degenerativo, que ocorre em situações de lesão celular, infecção e ausência de fatores de crescimento. Como conseqüência, a célula altera a integridade da membrana plasmática, aumenta o seu volume e perde as suas funções metabólicas. Entretanto, nem todos os eventos de morte celular são processos passivos. Organismos multicelulares são capazes de induzir a morte celular programada como resposta a estímulos intracelulares ou extracelulares.
Autofagia é um processo adaptativo conservado evolutivamente e controlado geneticamente. Ela ocorrem resposta a um estresse metabólico que resulta na degradação de componentes celulares. Durante a autofagia, porções do citoplasma são encapsuladas por membrana, originando estruturas denominadas autofagossomos. Estes irão se fusionar com os lisossomos. A seguir, o conteúdo dos autofagossomos será degradado pelas hidrolases lisossomais.
Controle Genético da Apoptose

sábado, 14 de agosto de 2010

Hipóxia

A hipóxia ou deficiência de oxigênio, interfere na respiração aeróbica oxidativa e é uma causa comum e extremamente importante de lesão e morte celular.Ela deve ser diferenciada da isquemia, que é a perda do suprimento sangüineo devido à obstrução do fluxo arterial ou redução da drenagem venosa de um tecido. Enquanto a isquemia é a causa mais comum de hipoxia, a deficiência de oxigênio pode resultar também da oxigenação inadequada do sangue, como a pneumonia ou redução da capacidade do sangue em carrear oxigênio, como na anemia ou no envenenamento por monóxido de carbono(CO).

Distúrbios Genéticos

 Distúrbios genéticos como causa de lesão celular são de grande interesse para os cientistas e médicos atualmente. a lesão genética resulta em um defeito tão grave como uma malformação congênita associada com a´Síndrome de Down, causada por uma anormalidade cromossômica, ou tão sutil a ponto de reduzir a vida dos eritrócitos devido a substituição de um único aminoácido na hemoglobina S, na anemia falciforme. Os vários erros inatos do metabolismo decorrentes de anormalidades enzimáticas, geralmente a falta de uma enzima, são excelentes exemplos de dano celular causado por uma alteração em nível de DNA. As variações na composição genética também podem influenciar a suscetibilidade das células a lesões por substâncias químicas e outros atques ambientais.