sábado, 18 de setembro de 2010

Pigmentação

      Substâncias de composição química e cores próprias, amplamente espalhadas na natureza, também encontradas nas células e tecidos, sob a forma de grânulos, alguns com importantes funções, mas que em determinadas circunstâncias podem constituir causa ou efeito de alterações funcionais.
Pigmentos endógenos: Oriundos de substâncias que fazem parte da organização corporal, sendo produtos específicos da atividade celular. Substância corada que é produzida dentro e pelo próprio organismo. Pigmentos exógenos: Oriundos do exterior, que introduzidos no organismo por ingestão, inalação ou inoculação, se depositam nos tecidos, funcionando como corpos estranhos, sendo fagocitados por macrófagos ou drenados por vasos linfáticos.

PIGMENTAÇÕES PATOLÓGICAS EXÓGENAS

De acordo com a via de introdução do pigmento no organismo:

* Via inoculação (cutânea):

- Tatuagem: intrduzidos por agulhas com propósitos decorativos ou identificadores.

*Via ingestão (oral):
- Argirismo ou argiria: Intoxicação com sais de prata.
- Plumbismo ou saturnismo: Intoxicação com sais de chumbo.
- Pigmentação bismútica: Intoxicação com sais de bismuto.
- Carotenose ou Lipocromatose exógena: A ingestão excessiva de pigmentos vegetais.

* Via inalação (respiratória):

- Pneumoconioses: são alterações pulmonares e de linfonodos regionais decorrentes da inalação de partículas provindas do ambiente

PIGMENTAÇÕES PATOLÓGICAS ENDÓGENAS

Patologia dos pigmentos autóctones:

1) Relacionados à Melanina e similares:
Melanina: Pigmento granular, amarelo, pardo ou negro, de natureza protéica, insolúvel nos solventes comuns, que não contem ferro nem gordura e resiste aos ácidos e álcalis, sendo entretanto destruído pela oxidação (H2O2). Dá cor escura à pele, ao cabelo, à íris, à retina, corpo ciliar e coróide, à mucosa oral de cães, aos cascos e chifres (conforme a raça).

2) Pigmentações patológicas relacionadas a lipofuscina e similares:
Acredita-se que a lipofuscina e similares sejam resultados de autofagia (consequência dos "Citossegresomos"). Assim, os lipídeos oriundos dos componentes celulares fagocitados seriam parcialmente digeridos no interior dos fagolisosomos produzindo os pigmentos. As variações tintoriais poderiam estar relacionadas com as fases do processo de autofagia.

3) Pigmentações patológicas hemoglobíneas :
A hemoglobina (Hb) é composta basicamente de uma proteína do grupo das histonas (globina) e de 4 grupos prostéticos derivados da síntese de porfirinas (Grupo Heme, cromático, tetrapirrólico). Este grupo Heme, por sua vez, é constituído de um grupo férrico (pigmentos ferruginosos) e de um grupo cromático isento de ferro (protoporfirina III). Isto explica por que tanto pigmentos ferruginosos quanto não ferruginosos podem ser formados a partir da Hb.

domingo, 5 de setembro de 2010

PROGERIA


A progeria é uma doença genética rara (uma criança em 4 milhões), ainda sem cura. As crianças com progeria envelhecem entre cinco e dez vezes mais rápido do que o normal. Elas perdem os cabelos, ganham rugas na pele e chegam a morrer por causa de arteriosclerose ainda na adolescência. Cientistas franceses e norte-americanos descobriram uma mutação genética que seria a causa deste envelhecimento precoce em crianças. Segundo eles, o estudo pode levar ã descoberta da cura para a doença e também a novas pistas sobre as conseqüências do envelhecimento em pessoas sadias.
O Gene mutante defeituoso, chamado LMNA, ativa a produção de uma proteína, a Lamin A, que desestabiliza o núcleo celular, afetando todas as células do corpo, com exceção das cerebrais.
Normalmente o núcleo tem uma estrutura circular, certinha, por causa desse defeito genético, o núcleo forma bolhas, que causam a instabilidade e levam à morte das células.
O entendimento do funcionamento deste gene permitirá, não somente a cura para os casos de progeria, com também, compreender o que acontece no corpo humano conforme as pessoas ficam mais velhas.

Envelhecimento Celular

       O envelhecimento ocorre em todos os níveis celulares do organismo, sendo que cada tecido apresenta suas particularidades da danificação de moléculas, células e tecidos, os quais gradativamente perdem a capacidade de se adaptar ou de reparar um dano.
      O envelhecimento pode ser definido como um processo deteriorativo progressivo e irreversível, característico da maioria dos sistemas e que, por ser progressivo, há uma grande probabilidade de morte, seja de uma célula, um tecido, um órgão ou mensmo de um individuo. É um processo muito complexo influenciado pela estrutura genética do individuo, estilo de vida e do meio ambiente

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Distúrbios da pigmentação


Melasma

O melasma aparece sobre a face (geralmente na fronte, bochechas, têmporas e maxilas) como um grupo grosseiramente simétrico de áreas pigmentadas castanho-escuras que freqüentemente são bem delineadas. O melasma ocorre sobretudo durante a gravidez (máscara gravídica) e também pode ocorrer em mulheres que utilizam contraceptivos orais. O escurecimento geralmente diminui um pouco após a mulher dar à luz ou suspender o uso do contraceptivo oral. As pessoas com melasma podem utilizar filtros solares sobre as áreas escuras e evitar a exposição ao sol para prevenir a piora do quadro. Quando aplicadas durante um longo tempo e de forma regular, certas pomadas que exigem prescrição médica podem clarear as manchas escuras.

calcificação patológica

A calcificação patológica constitui um processo mórbido de origem nas alterações metabólicas celulares. Essas alterações induzem a uma deposição anormal de sais de cálcio e outros sais minerais heterotopicamente, ou seja, em locais onde não é comum a sua deposição. Em outras palavras, a calcificação patológica é assim definida por se localizar fora do tecido ósseo ou dental, em situações de alteração da homeostase e da morfostase. O mecanismo das calcificações patológicas segue o mesmo princípio das calcificações normais, ou seja, sempre deve se formar um núcleo inicial, principalmente de hidroxiapatita, que no caso é heterotópico. Esse núcleo pode, por exemplo, iniciar-se nas mitocôndrias, sede celular dos depósitos normais de cálcio na célula, quando esta entra em contato com grandes concentrações desse íon no citosol ou no líquido extracelular.
Dependendo da situação envolvida em cada alteração funcional ou morfológica do tecido, podem-se distinguir três tipos de calcificação heterotópica: distrófica, metastática e por litíase.